Uma viagem chocante e reveladora ao mundo das fake news.
Uma reflexão importante sobre o jornalismo e a sua função mediadora na sociedade, contra a manipulação, o ódio e a mentira.
«A desinformação é um processo, uma sequência de actos concebidos por alguém com o objectivo de manipular as convicções do maior número possível de pessoas.»
Um pouco por todo o mundo, as infames fake news têm-se revelado um verdadeiro entrave à democracia e uma incubadora de ódio social. Seja no Brexit, na eleição de Trump ou de Jair Bolsonaro, o efeito da desinformação e das mentiras propagadas como se notícias fossem pode ter sido determinante para decidir o voto de muitos eleitores.
Em Portugal, onde 63% das pessoas afirmam receber as notícias que as mantêm informadas através das redes sociais, mentiras meticulosamente plantadas no mural certo, à hora certa podem fazer a diferença num momento decisivo. Mas como chegámos aqui? Quem fabrica estas «notícias» e por que o faz?
Numa investigação de fôlego em coordenação com organismos internacionais, o premiado jornalista Paulo Pena lança-se numa viagem aos bastidores das fake news, nacionais e internacionais, para nos mostrar que a era da desinformação chegou e que está nas nossas mãos combatê-la.
Sobre o trabalho do autor:
«Ao serviço do Diário de Notícias, o jornalista de investigação Paulo Pena levou a cabo uma investigação meticulosa onde expõe as ligações de algumas notícias falsas e sites de desinformação a plataformas de redes sociais, bem como os métodos utilizados e quem os financia.»
Oxford Reuters Intitute, relatório anual de 2019
«Um recente trabalho de investigação jornalística (novembro 2018) levado a efeito pelo Diário de Notícias, e seguido por outros órgãos de comunicação social, teve por motivação identificar sítios onlinededicados à produção de notícias falsas, bem como as suas páginas correspondentes na rede social Facebook. Expôs ainda as motivações de alguns deles, bem como alguns esquemas de financiamento utilizados por este tipo de criadores de conteúdos. A partir deste retrato foi possível criar uma ideia acerca do alcance e potencial de circulação que este tipo de produtores de conteúdos atingem na rede social que em Portugal é mais utilizada pelos cidadãos para se informarem, conforme indicam a estudo mencionado acima.»
Entidade Reguladora para Comunicação Social, no relatório A Desinformação - contexto europeu e nacional
«Em Janeiro de 2018, alarmada com a disseminação de desinformação em torno do referendo britânico ao Brexit e as consequências da corrida russa ao Facebook durante as eleições de 2016 nos EUA, a União Europeia convocou um grupo de trabalho de "alto nível" cheio de especialistas dos media e da academia - assim como representantes da Google, Facebooke Twitter - para analisar o problema e recomendar soluções. No outono passado, esse grupo criou um "código de práticas" acordado, incluindo um compromisso de tornar a publicidade política mais transparente. Mas, segundo uma pesquisa do Investigate Europe, as propostas foram diluídas depois de o Facebook e a Google pressionarem, nos bastidores, os membros do grupo.»
Columbia Journalism Review
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