Uma magnífica história de desejo, solidão, amor e vaidade na cidade dos pináculos.
A jovem professora Clare Bayes atrai o olhar de muitos colegas num jantar da universidade de Oxford. Entre os que a cobiçam está o nosso narrador sem nome, um professor espanhol desesperado por escapar ao tédio da conversa com um economista obeso.
Clare e o nosso narrador não tardarão a explorar o fascínio mútuo em encontros furtivos em quartos de hotel, longe da vigilância do marido da amante. Nas horas deixadas vagas pelo pouco trabalho e pelo amor ilícito, o narrador vagueia pelas ruas de Oxford, cidade de abundantes vaidades inflamadas e de outras tantas almas perdidas. É na cidade dos pináculos que se cruza com o dramático destino do escritor John Gawsworth, enigmática figura saída de outros tempos.
Recordando os tempos de Oxford já confortavelmente instalado numa vida normal em Madrid, com emprego, mulher e filho, o nosso narrador não pode deixar de se interrogar sobre qual das vidas é mais real, sobre qual dos tempos ficará para sempre gravado em si.
Sexto romance de Javier Marías, publicado em 1989, Todas as almas inspira-se nos dois anos que o autor viveu em Oxford como professor de Tradução. Nestas páginas, Marías exibe já esplendidamente a ironia fina e a aguçada capacidade de reflexão sobre o maior mistério de sempre: os outros.
Os elogios da crítica:
"Ler os livros de Javier Marías é um desafio e uma descoberta. E uma lição de vida para quem aceite a proposta de neles morar."
António Lobo Antunes, sobre Todas as almas
"Um livro de escrita belíssima, com um singular humor negro e que, misteriosamente, toca o leitor com as vozes que ecoam dentro dele, as vozes dos mortos a que Javier Marías dá vida com uma arte profunda e subtil."
John Banville
"Se Javier Marías deu à personagem alguma das suas próprias características, é porque tem por hábito tratar qualquer vida, incluindo a sua, da mesma forma que enfrenta a literatura que gosta de ler e escrever: contando o mistério sem o explicar."
Elide Pitarello
"Javier Marías é, na minha opinião, um dos melhores escritores contemporâneos."
J. M. Coetzee
"Javier Marías é um dos mais importantes escritores vivos."
Claudio Magris
"De longe o melhor prosador espanhol contemporâneo. Um enorme escritor."
Roberto Bolaño
"Entre os escritores que deveriam receber o Nobel, está Javier Marías."
Orhan Pamuk
"Um escritor profundamente necessário, um cavaleiro andante; divertido, incisivo, cheio de ira e amor."
The Guardian
"Javier Marías escreve com elegância, inteligência e um extraordinário mistério."
The Times Literary Supplement
"Elegante, cerebral# Marías é um escritor de talento impressionante. A sua prosa é ambiciosa, irónica, filosófica e humana."
The New York Times
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